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Open Banking é apenas a regra do jogo. Como você joga? Conheça a Kevin.

É muito claro que o Open Banking é um meio para que resolvamos problemas das pessoas, certo? Mas quais problemas? Será que todo o planeta necessita do combo de ‘agregação de dados, iniciação de pagamentos e encaminhamento de propostas de crédito’?

Todos esses casos de uso que até parecem batidos são simplesmente as regras do jogo. Como sua empresa se prepara para jogar esse jogo é o diferencial. Vamos ser mais inovadores? Conservadores? First movers? Como isso encaixa em nosso estilo?

Pensando nessa criatividade em criar soluções com Open Banking eu entrevistei o time da Kevin. que está trazendo uma nova forma de encarar a Iniciação de Pagamentos.

Edição de hoje é super especial e conta um pouco mais dessas iniciativas e uma provocação para nós aqui no Brasil: o que dá para fazer de diferente?

Observação: meus artigos estão ficando maiores do que a plataforma suporta 🤔sugiro clicar na versão web se você estiver lendo isso pelo e-mail!

De largada preciso agradecer em primeiro lugar o Guilherme Reis, que me apresentou as soluções da Kevin. e ao Rui Patraquim, Country Manager da Kevin. em Portugal que se disponibilizou a bater um papo e me contar mais sobre o negócio deles.

Quem é a Kevin. ?

De forma resumida: É uma empresa de pagamentos, focada em inovação através do Open Banking.

Foram fundados na Lituânia e em Novembro/2021 receberam um seed de $10 milhões (um dos maiores da europa) totalizando $14 milhões de funding.

Possuem tecnologia e infraestrutura focada em A2A payments com o foco em diminuir os altos custos de pagamentos através de cartões, e todos os benefícios que vemos na prática quando os estabelecimentos preferem o PIX do que seu cartão de crédito,rs.

Interessante que além de soluções de payments web e mobile, eles também estão atacando o POS - a loja física.

Eles fizeram o que os outros apenas prometeram

Essa frase não é minha, é do ex-presidente da Mastercard e atual Managing Partner da Global PayTech Ventures, Javier Perez.

“We’re excited about kevin. because their API can do what others have only been able to mockup. kevin. is way ahead of everyone else — their system has real transactions, servicing and targeting real verticals and they have proven they can do it,”

A Kevin. ganhou o prêmio do programa Mastercard Lighthouse, justamente por apresentar uma solução de pagamentos diferenciada e que funciona!

A grande premissa deles pode até ser um pouco diferente do nosso mercado, mas faz muito sentido e mostra o potencial dos pagamentos A2A:

“In Europe, up to 80% of all online payments are made by debit card. And behind every debit card there’s an account, which means these payments could be made directly from (bank) accounts,” said Pavel Sokolovas, co-founder and COO of kevin.

Como funciona a solução ganhadora?

O cliente faz o onboarding de sua conta no aplicativo e uma vez que está conectada ele não precisa mais se autenticar para realizar cada uma das transações. A API da Kevin. faz todo o processo de forma segura. E a experiência fica muito similar a utilização de um cartão de crédito.

Sem Kevin.

Com Kevin.

E o que mais me facinou nesse processo todo é pular a etapa de redirect e conseguir fazer a autenticação de forma automática.

“Requiring authentication every time a customer makes a €2 parking payment is not competitive, so service providers stick to cards, but there’s a downside. With a typical flat charge per payment of €0.10, plus an additional charge of around 1%, companies providing low-priced services like parking can end up paying up to 10% to card networks per payment,” said Tadas Tamošiūnas, co-founder and CEO at kevin.

“kevin. lets users and merchants treat bank accounts like cards. Our new solution enables seamless, instant transactions that don’t need to be authorised every time a service, like getting a ride on a ride-hailing app, is ordered.”

Bora para prática? Apresentar para vocês algumas soluções que eles têm.

Link de pagamentos (Cobrança)

Enviar um link de cobrança em si não é algo extremamente novo, é possível observar players de payments oferecendo essa solução de cobrança. O que mais me chamou atenção aqui foi a aplicação da Iniciação de Pagamentos nesse contexto, você recebe o link para pagar e já escolhe seu banco e inicia o pagamento do navegador que você abriu (web ou mobile).

As telas devem ser costumizáveis para cada cliente, o mais relevante aqui é o sistema funcionando por trás e o arranjo de pagamentos. Na imagem de cima você consegue gerar a cobrança (OBS: eles possuem uma área de demonstração ao vivo e você pode acessar aqui)

Depois você recebe no seu e-mail e dá inicio ao pagamento como em qualquer outro case de Open Banking (escolhe o banco, se loga e autentica).

O mais legal disso tudo é que eles fornecem a solução de Iniciação e também deixam a demo em produção, ou seja, se você finalizar o fluxo você realmente irá pagar os valores descritos.

Todos os valores pagos nas demosntrações são direcionados diretamente para ONGs em cada um dos países selecionados, você inclusive consegue escolher qual delas você usa. Bela forma de testar, não?

Checkout Pay-by-bank

O checkout de ecommerce é a solução mais tradicional/comum que encontramos e eles também fornecem. Essa é a experiência que eles colocam na demo, entendo que para cada fornecedor é possível adaptar o front pelo menos do início do processo.

Mobile:

Web:

Checkout de Cartão de Crédito! Sim, de cartão... olha só:

Essa experiência não consegui imagens públicas, mas achei genial a forma com que eles abordaram esse problema. Perguntei ao Rui se eles tinham outros tipos de pagamentos para oferecer para os ecommerces e ele disse que sim: cartão de crédito.

Também achei estranho.

Mas aí ele me mostrou um vídeo muito legal que consistia em:

  • Cliente abre e escolhe pagar com cartão de crédito.

  • Ao iniciar o pagamento ele tinha um trigger que destacava que aquele cliente potencialmente poderia pagar com A2A e ser mais rápido/barato.

  • Ele rapidamente redirecionava ele para o pagamento e com um click ele finalizava tudo.

  • Os vídeos da sugestão de mudança para A2A e do cliente digitando todos dados do cartão correram em paralelo e quase não notou-se diferença de tempo, inclusive foi até ligeiramente mais rápido (A2A) e com muito menos cliques.

Achei muito interessante essa sacada e sem dúvida é uma baita oportunidade para ser aplicada também aqui no Brasil.

Um exemplo lúdico aqui em GIF (Não é o vídeo comparativo):

"Card/Account on File" Uber

Outra experiência que consegui ver mas sem ter registros, rs. Era a possibilidade de escolher sua conta bancária como padrão para débito no Uber, usando o VRP e apenas uma autorização. Uma solução excelente também para a própria Uber que receberá o dinheiro na hora e sem as grandes cobranças de cartões de débito.

POS com VRP

Essa experiência de pagar por aproximação no POS, utilizando Open Banking, com o pagamento pré aprovado por VRP… foi algo sensacional. E eles estão lançando oficialmente agora! Vai bombar demais, pode anotar!

Melhor solução de pagamento via Open Banking que vi até o momento no modelo Europeu! Bora que vou te contar o que a kevin. apresentou 👇 O Guilherme… 42 comments on LinkedIn

Case real

No blog da Kevin. você pode encontrar vários cases. Selecionei um diferente aqui para apresentar pra vocês com a uniPark, um grupo de soluções para estacionamentos.

Essa empresa possui um aplicativo para seus clientes realizarem pagamentos dos estacionamentos e outros serviços/produtos.

Na prática, a principal dor da uniPark eram os elevados fees para conseguir entregar a solução de pagamento via mobile ao seus mais de 250 000 usuários.

Ao mesmo tempo eles precisavam entregar uma experiência rápida e conveniente para seus clientes, de forma segura.

Com a Kevin. eles criaram a solução de agregação de contas (sim, setup da conta! Estilo fase 2 do BR) e salvaram as informações para que nas transações futuras não precisasse realizar a autorização novamente (tirando a fricção).

O resultado até o momento foi na utilização desse meio de pagamento por 20% dos clientes.

““From a business standpoint, we are spending less for each payment, as well as providing a safer payment option for our users.” Mr Doviltis (CIO uniPark)

Resolvendo problemas: o que faz sentido por lá pode não fazer por aqui

Ainda conversando com o Rui, perguntei sobre o ecossistema Europeu e algumas diferenças. Comentei de soluções consideradas ‘criativas’ por lá e que não fazem sentido no Brasil e tive alguns insights legais.

Nossa realidade é completamente diferente

Pela europa as pessoas quase não utilizam o crédito. Pouca gente tem até crédito, até por isso o BNPL tem tido tanto sucesso. Além disso, com Iniciação de Pagamentos e o VRP eles estão conseguindo criar contas parcelas que debitam automaticamente da conta.

O primeiro uso desse tipo de compra recorrente no Brasil, foi logo sendo pensado para algum tipo de assinatura ou conta de luz, certo?

Por lá eles estão trazendo soluções de parcelamento de compras mesmo de bens de consumo. Porque essa opção não é tão comum por lá.

Também foi curioso ver que por exemplo, até 30 euros de acordo com o OPB da Europa, não é necessária autorização/redirect. O que facilitar o fluxo de compra em algumas situações.

Em alguns lugares eles não possuem nosso ‘boleto’, nem ‘cheque’, ‘crediário’… e por isso a Iniciação de Pagamentos tem feito tanto sentido lá e permitido soluções que por aqui no Brasil nós já temos.

Isso me fez refletir bastante sobre como podemos ser criativos para ir além do que é mais comumente divulgado pela Europa e ao mesmo tempo ver que algumas soluções para remover a fricção dos pagamentos se aplicam no Brasil.

Espero que tenham gostado do artigo de hoje!

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